BRASÍLIA - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que não haverá mais aumento de impostos. Nesta terça-feira, em meio à discussão de aumento do rombo das metas fiscais deste e do próximo ano, Padilha voltou a negar pressões para que o déficit dos dois anos fosse elevado para R$ 170 bilhões.
— O aumento de impostos, nós já fizemos. Aumento de imposto que o presidente Michel Temer não gostaria de ter feito, já fez. Portanto, agora, nós estamos trabalhando com redução de despesas e aumento de receitas — declarou o ministro, em evento de posse do Conselho Nacional de Juventude no Palácio do Planalto. No fim do mês passado, o governo subiu impostos sobre combustíveis.
Temer havia determinado à equipe econômica que fechasse as contas sem alta de impostos, além de não contar com a receita esperada com o novo programa de refinanciamento de dívidas tributárias. Há um embate entre os grupos político e econômico do governo: o primeiro tenta forçar um rombo maior, de até R$ 170 bilhões, que possibilite mais gastos, e não quer impostos, de olho nas eleições do ano que vem. Já a equipe econômica trabalha para um déficit menor.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) atacaram publicamente uma eventual alta nos impostos.
— O Congresso não vai aprovar aumento de impostos. A sociedade já paga muitos impostos. Se não organizarmos as contas públicas de uma vez, cada vez vai ficar mais difícil, no futuro, fechar as contas do governo. Se cada vez tem um jeitinho, cada vez aumenta a meta mais do que precisa, acaba gerando um gasto desnecessário e fica parecendo que as coisas caminham bem. Sabemos que as coisas não caminham bem. A Câmara não aceita, e o presidente do Senado já disse isso. E isso é bom — disse Maia nesta segunda-feira.
— O que eu posso desde logo descartar é que havia a especulação de uma meta de 170 bilhões. Nunca houve esse tipo de debate — voltou a negar Padilha, que é do grupo que defende uma meta maior. Na véspera, o dólar havia subido a R$ 3,20 com a possibilidade de o governo negativar ainda mais o valor esperado para fechar as contas. O ministro havia dito no Twitter que "ninguém" trouxera esse número para as reuniões de definição da meta.
stest
Fonte: O Globo





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